sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Depois do Porco no rolete, agora é torcer pra dar certo
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
O Popey do Palestra
Pessoal segue uma boa entrevista dada pelo Muricy ao site do Globoesporte.com.

GLOBOESPORTE.COM – Você tem pouco mais de seis meses como técnico do Palmeiras. O que mudou depois que assumiu o time?
Muricy Ramalho – Agora eu conheço melhor o clube, as pessoas. Facilita no meu trabalho. O começo foi complicado. Demora-se um pouco para acostumar porque são clubes e diretorias diferentes. Agora está mais fácil
O Palmeiras já tem a sua cara?
Já. Os jogadores já sabem o que penso e como sou.
O torcedor palmeirense tem um perfil diferente do são-paulino. Sente muito isso?
É uma loucura, a torcida participa demais, é quente. Ela exige demais e acho legal porque quem está em time grande tem de ser cobrado. Isso não me importa, estou acostumado e gosto. Ela ficou brava no fim do ano, mas cantou na estreia do Paulista. Eu me sinto bem com isso. Por isso que o jogador tem de aguentar, ser como o Pierre, aguerrido, porque a torcida é dessa maneira.
A queda no Brasileiro ajudou a ver algumas coisas que não via antes por causa da ascensão do time na competição?
Sou frio para analisar. Foi parte técnica. Quando time cai tem de ver se tem estrutura boa, salário em dia, trabalho bom. E não tínhamos problemas com isso. Nosso problema foi técnico mesmo, foi de peças que não tínhamos para substituir. Não nos preparamos nesse sentido para um campeonato longo, como o Brasileiro. Perdemos alguns jogadores, a defesa caiu e aconteceu o que aconteceu.
No segundo semestre do ano passado, o Palmeiras teve altos e baixos. Esperava tantas emoções em tão pouco tempo?
Não foi tanto assim. Ficamos 19 rodadas na ponta. Claro que apaga porque não foi campeão e nem para a Libertadores. Foram emoções normais, estou acostumado. Chegamos na última rodada brigando pelo título. Se não tivesse a Libertadores seria uma coisa normal. Mas as pessoas dão muita importância ao torneio no Brasil. Por isso não fomos reconhecidos.
Dá importância à Libertadores?
Todo mundo dá porque é moda. Quando eu jogava não tinha importância nenhuma. Íamos com time misto. Agora, de um tempo para cá, por causa do Mundial e do dinheiro, ganhou uma importância muito grande.
Por ser o técnico com mais pontos no sistema de pontos corridos, você fica incomodado quando falam que não é bom no mata-mata?
Não me incomodo porque as pessoas que falam de futebol são muito burras. Não analisam, não veem a minha carreira. Ganhei muito mais mata-mata do que pontos corridos. Mas as pessoas não buscam a história. Meu primeiro campeonato foi a Conmebol, um mata-mata. Na China, no Pernambucano (Náutico), no Gaúcho (Internacional) e no Paulista (São Caetano) também. Eles falam que existem especialistas, mas quais são os últimos campeões da Libertadores? Repetiu alguém? É duro ouvir isso! O mata-mata é o imponderável, depende de sorte. Campeonato difícil de ganhar é o Brasileiro. Esse sim é f...! Porque são seis meses, depende de planejamento, tem de ter pensamento forte para manter o time na linha.
Brasileiro é a sua especialidade?
Eu não tenho especialidade. O que acontece é que ganhei três vezes o campeonato mais difícil. No Brasil, as pessoas dão pouca importância a quem vence. Pode escrever. Você vai ficar muitos anos na imprensa e não vai ver outro ganhar. Não vai! Esquece! Porque é muito difícil. Não é só ganhar dentro do campo. Tem muitas coisas, tem de passar por crise, aguentar muita coisa, segurar o jogador. Aí sim o cara é bom. Mata-mata depende da sorte.
Você é bom ou tem sorte?
Eu sou bom para caramba! Sou muito bom. Não acredito em sorte. Acredito em um cara competente. Sorte qualquer um tem. Agora competentes são poucos. Sabe o que acontece? Como eu ganhei muito, os caras têm de bater em quem é bom. Por isso que de vez em quando dou umas porradas em alguns de vocês. As pessoas analisam futebol sem nenhum tipo de pressão. Assim é fácil.
No São Paulo existiam pessoas da diretoria que não gostavam de você, uma certa pressão...
Não em mim. Pressionar a mim é a coisa mais difícil do mundo. Faziam pressão por fora, mas comigo ninguém vinha falar. Sentar comigo? Difícil para caramba.
Já se sentiu pressionado no Palmeiras?
Isso acaba prejudicando a sua carreira?
Ah, prejudica. Por isso que fico doente. Se não ganhar, os caras me tiram. Não tem acordo. Eu não durmo, quero ganhar e preciso fazer o impossível, loucuras para isso. O trabalho às vezes é minado porque as pessoas querem te ver fora. Só que eu aprendi assim.
Ainda tem contato com as pessoas do São Paulo?
Em entrevistas passadas, você comentou que não tem o hábito de ligar para jogadores, mas que no Palmeiras acabou fazendo isso para ajudar nas negociações. Ligou para quem?
Essa mudança chegar a te incomodar?
Não gosta de ser garoto-propaganda?
O marketing do Palmeiras acredita que a sua imagem vende e te considera uma pessoa carismática. Concorda com isso?
Se considera um cara mais carismático ou ranzinza?
Tem a obsessão de conquistar um título pelo Palmeiras?
Você é feliz?
Pensa em aposentadoria?
Eu confesso que estou um pouco cansado do futebol. Cansado de as pessoas não conversarem um pouco mais de futebol. Isso me deixa irritado. Tem hora que penso em dar um tempo. Queria ficar um pouco mais com a minha família. Preciso operar a vesícula, pois tenho uma pedra e essa não tem jeito, senão vai me arrebentar. só que tenho compromisso e preciso cumprir. Estou numa sequência muito forte. Não tenho data (para parar), mas acho que vai ser rápido. Sou um cara que tem valores que me machucam no futebol. Tem muita coisa errada e tem hora que dá vontade de dar uma parada. Mas não queria largar totalmente. Queria ser uma espécie de conselheiro de uma base. O estresse está muito grande no futebol. Quando você perde, parece que cometeu um crime. Está muito pesado.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Finalmente um Reforço

Lincoln está próximo de alcançar seu centésimo gol
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O Palmeiras estava atrás de meias para suprir a carência que o time tem na posição. Solução para este problema, Lincoln pediu tempo para voltar ao ritmo de jogo. "Não posso falar que vou voltar amanhã, porque pode acontecer uma lesão e eu ficar um tempo sem atuar. Mas quero muito jogar e voltar a treinar em elenco", disse o jogador, em apresentação no clube alviverde.
O meia tem 99 gols na carreira, e falou sobre a proximidade do centésimo: "confesso que fiquei surpreso quando minha assessoria me falou deste número. Uma hora, (o gol de número cem) vai ter que sair, não importa o adversário". Lincoln jogará com a camisa 99, mas afirmou que não há relação entre a numeração e seu retrospecto de gols. "Não tem nada a ver. Foi um número que eu escolhi junto com meu sobrinho", disse.
O jogador disse que, apesar da marca, ele prefere um passe a uma finalização: "o gol, para mim, não é a coisa mais importante. Importante para mim é dar assistência para gols, dar o passe. Mas se eu tiver a chance de marcar o gol, eu faço".
Sobre sua experiência na Europa, Lincoln disse que sua melhor lembrança é do Schalke 04, da Alemanha. "Vivi a melhor fase da minha carreira no Schalke. Lá, eu tinha o carinho do torcedor, que era muito exigente", afirmou. Sobre o Galatasaray, seu último clube, ele disse: "a opção de entrar em litígio com o Galatasaray foi minha. Eu que quis sair".
A possibilidade de ser ídolo do Palmeiras não é o principal objetivo do meia. "Isso demanda tempo. Não estou preocupado. Não é minha maior preocupação ser ídolo do Palmeiras. Quero dar meu melhor pelo time. Não é que eu não queira ser ídolo, mas tenho que andar passo a passo", disse.